Popularmente conhecida como “xistose”, “barriga-d’água” ou “mal do caramujo”, a esquistossomose é uma infecção produzida pelo parasita trematódeo chamado Schistosoma Mansoni, o qual possui dois hospedeiros: um definitivo, o homem, e um intermediário: caramujos do gênero Biomphalaria (MELO,
COELHO, 2000).
Disponível em: http://bichinhosdejardim.com/preco-do-sucesso/.
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Os Schistosoma Mansoni adultos vivem no sistema porta do indivíduo (veias do fígado e intestino). Após a maturação sexual, acasalam e põem seus ovos nas veias mesentéricas inferiores, os quais atingem o intestino e são eliminados para o meio ambiente juntamente com as fezes. Quando a pessoa infectada evacua em local inadequado, os ovos atingirem a água, eclodem e liberam uma larva chamada miracídio que, por sua vez, infecta caramujos do gênero Biomphalaria. Nesses, passam por uma série de transformações dando origem a várias cercarias, as quais são liberadas na água (BRITO, 2011). Essas nadam livremente e, ao encontrarem um indivíduo, podem penetrar na pele ou na mucosa oral, atingindo a circulação sanguínea, os pulmões e em seguida o sistema porta, onde se tornam adultos e reiniciam o ciclo (MELO, COELHO, 2000).
A contaminação
das águas por fezes contendo ovos e o contato das pessoas com essas, provoca
disseminação da esquistossomose. Disponível
em: http://www.culturamix.com/saude/doencas/transmissao-da-esquistossomose e http://accbarroso60.wordpress.com/2011/03/03/ciencias-6%C2%AA-serie-ou-7%C2%BA-ano/
FONTE:
Pinseta, 2013
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ASPECTOS CLÍNICOS
A sintomatologia da esquistossomose é variada e depende do estágio de evolução doença, da carga parasitária, da idade, do estado nutricional e da resposta imunológica do indivíduo acometido.
Ao penetrarem na pele, as cercarias provocam uma dermatite local (coceira/ urticária, vermelhidão, inchaço e dor). Em torno de 50 dias depois, na fase aguda da infecção, podem surgir dor de cabeça, febre, fraqueza, falta de apetite, sudorese, acompanhada, às vezes, de dores abdominais, náuseas e vômitos (PINSETA, 2013), (MELO, COELHO, 2000).
vasos do sistema porta causando hipertensão portal, que por sua vez resulta em ascite (barriga-d’água), aumento do baço e varizes esofágicas (NEVES, MELO e LINARDI, 2000).
Cliente com
quadro de ascite (“barriga-d’água” ).
Disponível em: http://accbarroso60.wordpress.com/2011/03/03/ciencias-6%C2%AA-serie-ou-7%C2%BA-ano/
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PROFILAXIA
As principais medidas profiláticas que visão interromper o ciclo da transmissão da esquistossomose são as seguintes:
• Identificação e tratamentos dos indivíduos acometidos pela esquistossomose objetivando a eliminação do Schistosoma Mansoni;
• Controle dos hospedeiros intermediários;
• Capacitação da população quanto as medidas básicas de saúde e para mobilização por melhores condições de saneamento básico;
• Saneamento básico (MELO, COELHO, 2000)
REFERÊNCIAS
BRITO, E.A. Parasitoses. In:____________. Biologia,
livro 2. 1° Edição. São Paulo:
Editora Poliedro, 2011. Cap 10, frente 3, p. 331-357.
MELO, A.L.; COELHO, P.M.Z. Schitossoma mansoni e a
Doença. In: NEVES, D.P.; MELO, A.L.;
GENARO, O.; LINARDI, P.M. Parasitologia
Humana. 10° Edição. São Paulo: Editora Atheneu, 2000. Cap 22, p. 174-193.
PINSETA, D.E. Vermes Achatados: Os Platelmintos. In:___________. Anglo Vestibulares, Biologia 5 Zoologia e Embriologia. 3° Edição.
São Paulo: Anglo, 2013. Cap 5, p. 30-36.
Autor: Lindomar Fernandes
Enfermeiro IFCE campus Juazeiro do Norte
Autor: Lindomar Fernandes
Enfermeiro IFCE campus Juazeiro do Norte
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